quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Kseniya Simonova - Sand Animation



Kseniya Simonova foi a vencedora da edição ucraniana do Got Talent, fazendo uma sequência de ilustrações da invasão alemã ao país durante a Segunda Guerra Mundial, usando apenas os dedos e uma superfície com areia. Impressionante. As pessoas, compreensivelmente, foram às lágrimas ...


Paralamas do Sucesso e Zé Ramalho - Mormaço




Bah, fala sério ... essa música e esse vídeo ficaram do caralho! É, viu só, vocês aí que acham que eu só gosto de black metal escandinavo e power metal finlandês?  =:D

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O Marionete Roqueiro (e pegador!)




Esse puppet é totalmente rock n' roll hehehe.    =: D

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

SEMANA WOODY ALLEN - Quatro em um!



E aqui vamos nós para mais uma etapa da nossa Semana Woody Allen - que, como vocês já devem ter percebido, já está se estendendo ao longo de duas semanas. Mas aqui na Cripta é assim mesmo, tudo anda em passo de morto-vivo. Ré, ré, ré ... "cripta", "morto-vivo", sacou? É, bom, deixa pra lá!

Dessa vez, nós vamos analisar nada menos do que quatro filmes de Allen numa sentada só. Todos são filmes que ele dirigiu entre o final dos anos 90 e começo dos 2000, uma época na qual o diretor emplacou uma sucessão de fracassos de bilheteria. É claro que isso não quer dizer muita coisa, pois Allen não é um diretor de cinemão comercial, mas a verdade é que vários destes filmes estão longe de figurar entre as melhores obras do diretor.

Sim, nem todo filme dirigido por Woody Allen é uma obra-prima maravilhosa, irretocável e acima de qualquer possibilidade de crítica. Mas é importante ter uma coisa em mente: mesmo os filmes "ruins" do diretor são muito melhores do que a maior parte do cinema hollywoodiano médio, e Allen NUNCA chega a dirigir um filme REALMENTE ruim, o que já o coloca num patamar bem acima do cinemão comercial ao qual estamos todos acostumados, e que - com irritante frequência - produz filmes monstruosamente ruins, verdadeiras bombas, daquelas que fazem a pessoa sair do cinema querendo o dinheiro do ingresso de volta.

Bem, mas vamos aos filmes de Allen! Em ordem cronológica, pra coisa não ficar tão bagunçada.


CELEBRITY, de 1998, gira em torno dos conflitos de meia-idade de um romancista mau sucedido chamado Lee Simon, que se divorcia de sua esposa depois de 16 anos de casamento. O filme acompanha os altos e baixos dos diferentes caminhos que Lee e sua ex-mulher Robin trilham após o fim da relação.

O filme é estrelado por Kenneth Branagh, que é quem encarna o alter-ego de Allen dessa vez. Aliás, Branagh - ao contrário de outros filmes do diretor, nos quais essa transposição é feita de maneira mais sutil - escancara esse fato nesse filme, imitando ostensivamente os maneirismos corporais e vocais de Allen, praticamente como se estivesse interpretando Allen. A crítica foi um pouco dura quanto a isso, mas eu particularmente achei divertido (sou fã de Branagh e ver ele encarnando o típico personagem de Allen me agradou bastante). 

O filme tem um elenco estelar, contando com participações de Winona Ryder, Leonardo DiCaprio, Melanie Griffith, Charlize Theron, Joe Mantegna e Famke Janssen. Isso, no entanto, não salvou o filme de um mau resultado nas bilheterias e de críticas pesadas. Para ser sincero, dos quatro filmes dos quais falarei aqui, esse foi o que eu mais gostei. Ele é levemente decepcionante no final das contas, mas muito divertido no geral. Recomendo.



SMALL TIME CROOKS, lançado em 2000, recebeu críticas melhores e foi um relativo sucesso de bilheteria (foi a melhor bilheteria de Allen nos EUA entre Crimes and Misdemeanors, de 1989, e Match Point, de 2005). Mas, sinceramente, achei o filme bem inferior a Celebrity. Small Time Crooks é uma comédia mais óbvia e direta, que conta a história de um casal de pobretões que resolve abrir uma loja de cookies como fachada para realizar um assalto a um banco que fica no prédio ao lado. No entanto, tudo vira de pernas pro ar quando o casal rapidamente fica milionário em virtude do sucesso dos cookies que vendem.

A premissa do filme é divertida e, para mim, é sempre um prazer ver o Woody Allen ator, do qual gosto tanto quanto do Allen diretor. Mas o filme, a meu ver, perde um pouco o ritmo da metade em diante, e fica devendo um pouco no geral. Ainda assim, os diversos bons momentos cômicos são mais do que suficientes para que o filme seja recomendável.



HOLLYWOOD ENDING, lançado em 2002, foi mais um filme que não deu certo nas bilheterias e que foi espinafrado pela crítica. Infelizmente, é preciso dar o braço a torcer aos críticos, pois - apesar da divertida premissa - o filme padece de alguns defeitos bastante sérios. Ele acaba sendo desnecessariamente longo e carente de objetividade, e tem pelo menos uns 20 minutos (provavelmente mais) de cenas que deveriam ter sido cortadas da edição final, e que contribuem para o filme ficar arrastado e sem ritmo.

Uma pena, pois a história é ótima: Allen interpreta um decadente diretor que, apesar de sua fama de temperamental e pouco confiável, é chamado para dirigir uma grande produção hollywoodiana. Envolto em conflitos artísticos e pessoais, ele simplesmente fica cego de uma hora para a outra às vésperas de começar as filmagens, e precisa encontrar uma forma de levar o projeto adiante sem que ninguém descubra o seu "pequeno" segredo. Apesar do ponto de partida interessante e de uma série de bons e divertidos momentos, o filme se perde num amontoado de cenas desnecessárias e alongadas e num andamento um pouco aborrecido. Mas insisto: é um filme "ruim" para os padrões de Allen, e não para os padrões cinematrográficos atuais. Ou seja, vale à pena conferir, sem pensar duas vezes.



Essa etapa da nossa Semana Woody Allen se encerra com SCOOP, lançado em 2006. Foi o primeiro filme dirigido por Allen depois do grande sucesso de Match Point (um filme que muita gente considera o melhor de toda a vasta filmografia do diretor - e ele mesmo já reconheceu que há bastante fundamento para se pensar dessa forma). Na trama, a sempre deslumbrante Scarlett Johansson intepreta Sondra Pransky, uma estudante americana de jornalismo que vai a um show do mágico Splendini (Allen) e, no meio de um dos truques, acaba fazendo contato com o fantasma de Joe Strombel, um repórter investigativo recentemente falecido e que, no além, conseguiu informações a respeito do Assassino do Tarô, um serial-killer que está aterrorizando Londres.

Scoop tem muitas coisas boas, como diversas boas cenas cômicas (principalmente as que envolvem as aparições de Strombel) e a divertida química de Allen com Johansson. Mas o fato bruto é que o filme, no geral, deixa muito a desejar, e - para os padrões de Allen - é muito, mas muito fraco MESMO! É uma comédia que começa bem, se desenvolve meio sem jeito e caminha previsivelmente para um final constrangedoramente aborrecido. É, meus amigos: quem disse que os gênios também não mijam fora do penico de vez em quando?

É isso por enquanto, corpos e almas! A Semana Woody Allen segue, fiquem de olho.


terça-feira, 9 de agosto de 2011

SEMANA WOODY ALLEN: Vicky Cristina Barcelona (2008)

Acabei de ver o segundo filme programado para a Semana Woody Allen aqui da Cripta, Vicky Cristina Barcelona, de 2008. Primeira observação: é incrível como o diretor consegue fazer uma comédia romântica sobre relacionamentos cruzados e dúvidas amorosas (um gênero clichê e que gera, todos os anos, uma porção de filmes instantaneamente esquecíveis) e garantir que o resultado seja uma obra tão interessante e com tanta atmosfera.

É claro que, além do roteiro e da direção, o filme é bastante carregado pelo forte elenco. Rebecca Hall, Javier Bardem, Scarlett Johansson, Penélope Cruz ... é REALMENTE difícil dizer quem mais se destaca nesse amontoado de ótimas atuações (embora o transtornado personagem de Cruz seja especialmente impactante). Percebi os questionamentos habituais do diretor em diversos aspectos da trama e das situações enfrentadas pelos personagens, mas me pareceu que esse filme - pelo menos para os padrões de Woody Allen - é mais "light" e despretensioso em termos de conteúdo e provocações suscitadas, confiando mais na narrativa fácil, no carisma dos personagens e na beleza dos cenários. 

Confesso que o filme perde um pouco, em termos de impacto, se assistido pouco depois do ótimo "Midnight in Paris" - mas isso se deve mais pelos méritos excepcionais do mais recente filme de Allen do que em virtude de qualquer crítica que se poderia fazer a Vicky Cristina Barcelona. Ah, um último - e óbvio - comentário: como Scarlett Johansson é gata, meu Deus do céu!
 
Era isso por enquanto. E vamos para o próximo filme!

SEMANA WOODY ALLEN: Meia-noite em Paris (2011)


Começa a Semana Woody Allen aqui na Cripta do Caveira! "Por que", você pergunta? E precisa ter um motivo? Puxa vida, a gente pensa que um cara chamado Caveira poderia fazer o que bem entendesse num blog underground chamado A Cripta do Caveira, ou não?

Mas - a fim de não frustrar os visitantes de perfil mais racionalista - aproveito para esclarecer que um motivo. Um motivo bem simples, aliás. É o seguinte: adoro os filmes dirigidos pelo Woody Allen, mas nos últimos dias fiz algumas contas e percebi que até hoje eu só tinha visto um punhado de filmes dele, o que é particularmente grave quando se leva em consideração que a filmografia do sujeito conta com nada menos do que 41 filmes! 

Para começar a resolver essa incômoda situação, tratei de ir no cinema ver o mais recente filme do meu diretor quatro-olhos favorito, e de quebra aluguei nada menos do que nove filmes dele em DVD, sendo que meu objetivo é ver tudo ao longo desta semana. Claro que, ao final dessa divertida empreitada, ainda estarei longe de ter visto todas as quatro dezenas de filmes dirigidos por Allen - mas pelo menos estarei bem melhor encaminhado em termos de conhecimento da obra do cara.


Bom, vamos começar então pelo primeiro filme da Maratona: o novo e aclamado Midnight in Paris (Meia-noite em Paris), lançado este ano. O filme já se tornou o maior sucesso comercial de Allen em todos os tempos, e um de seus filmes mais elogiados em vários anos. Não é meu objetivo aqui fazer uma resenha formal do filme - e muito menos soltar spoilers para estragar as surpresas de quem ainda não viu o filme. O negócio é muito simples: o filme é imperdível e OBRIGATÓRIO. Se você ainda não viu, vá vê-lo imediatamente. De todos os filmes de Allen que vi até hoje, com certeza eu colocaria este entre os meus favoritos. 

Sobre a trama e o seu desenrolar, a única coisa que vou comentar é que eu adorei a forma como o protagonista (embora termine sendo obrigado a reconhecer que um dos antagonistas da trama - um pseudo-intelectual verborrágico e pedante - tinha razão sob certos aspectos) consegue reencontrar seu caminho através da mesma abordagem romântica que o motivou durante toda a história, sem cair no cinismo burocrático do aborrecido antagonista. Eu sei que quem não viu o filme não vai entender nada do que estou dizendo, mas isso é ótimo, pois o meu objetivo com essa breve não-resenha é exatamente esse: vá ver o filme, criatura!


O Mestre do Yo-Yo





Tipo ... esse cara definitivamente não é normal. Ele é o mestre do Yo-Yo. Na verdade, ele é praticamente um Darth Maul do Yo-Yo. Para ser sincero, acho que ele poderia matar alguém apenas usando um Yo-Yo. O pior de tudo é lembrar como eu sempre fui ruim em termos de Yo-Yo. Eu mal conseguia fazer o Yo-Yo descer e subir de volta. Mas o pior de tudo é que, depois de ter escrito Yo-Yo duzentas vezes nesse parágrafo, não consigo mais parar de escrever Yo-Yo. Yo-Yo, Yo-Yo, Yo-Yo ... ahhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Review: DYLAN DOG - DEAD OF NIGHT

 
Posterguei até onde foi possível, mas hoje tomei coragem. Acabo de ver DYLAN DOG - DEAD OF NIGHT, filme lançado em abril deste ano e baseado na clássica HQ italiana de terror Dylan Dog, criada nos anos 80. Muita gente - eu incluso - não levava fé que a adaptação cinematográfica teria sucesso em adaptar a atmosfera dos quadrinhos, o carisma do personagem e o universo das histórias. E, infelizmente, estávamos certos quanto a tudo isso.

Dylan Dog - Dead of Night não chega a ser a pior coisa do mundo. Brandon Routh e Sam Huntington estão divertidos em seus papéis, e o filme até que chega a ser um pouco divertido na maior parte do tempo. Os problemas que arruínam o filme podem ser resumidos em dois pontos. Primeiro: é um filme clichê, banal e derivativo, sem nenhuma imaginação, originalidade ou ousadia. Em termos de roteiro, efeitos especiais e diálogos, o filme mais parece um episódio de Buffy - A Caça Vampiros ou coisa que o valha.

O segundo problema, no entanto, é o mais grave. Trata-se do seguinte: esse filme poderia ter qualquer outro nome, estrelado por qualquer outro personagem anônimo, e nada disso faria qualquer diferença para a trama. A mitologia e a atmosfera dos quadrinhos de Dylan Dog é ignorada quase que por completo (uns poucos detalhes, como o figurino, são observados), descaracterizando o personagem principal, os coadjuvantes e o próprio universo deles. 


É uma coisa que eu não consigo entender: por que gastar uma fortuna em licenciamento para fazer um filme que ostenta o nome de um personagem famoso, se é para ignorar completamente o material original e fugir da fonte como o diabo da cruz? Ora, se era para fazer um filme de horror/aventura/ação genérico, poderiam ter chamado o protagonista - e o próprio filme - de qualquer outra coisa. "Doutor Mistério e a Batalha dos Mortos-Vivos", "Fulano Beltrano & Os Monstros", "Deu a Louca no Além", "Alberto Roberto e as Criaturas da Noite" ... qualquer um destes títulos define o filme tão bem (ou até melhor) do que "Dylan Dog - Dead of Night".

Fica a pergunta: por que não respeitar o universo do material original? Por que transformar Dylan (originalmente um detetive de casos que envolvem o sobrenatural) num "mediador" de vampiros e lobisomens? Por que dar chá de sumiço no Groucho, o alívio cômico das histórias em quadrinhos, substituindo ele por um personagem mil vezes mais bobo e inverossímil? Por que deixar de fora o Doutor Xabaras, o maior inimigo de Dylan, e colocar no lugar dele uns vilões sem qualquer personalidade? É, meu amigo: não dá pra entender. Depois o filme naufraga nas bilheterias e os imbecis não sabem por quê!

E Dylan Dog - Dead of Night naufragou mesmo, e fundo! Com um custo de produção de 20 milhões de dólares, o filme arrecadou apenas 4.6 milhões em todo o mundo (nos Estados Unidos, foi um mísero 1.2 milhão!) e já se firmou como um dos maiores fracassos de bilheteria de 2011. A crítica não ficou atrás, e no famoso agregador de reviews Rotten Tomatoes o filme ostenta a impressionante avaliação de 3%, o que é uma façanha digna de um Uwe Ball da vida!


Outra coisa que irrita nesse filme é a tara que os produtores demonstram em colocar o protagonista para apanhar. Perdi a conta de quantos socos absurdamente fortes Dylan leva ao longo do filme, apenas pelo fetiche de mostrar ele sendo arremessado cada vez mais longe a cada soco tomado. Aparentemente, o pessoal não sabia bem se queriam fazer um filme de horror ou de ação na linha Duro de Matar ou coisa que o valha. Também não é dada nenhuma explicação sobre como Dylan - que é um ser humano normal - consegue apanhar mais do que o Rocky Balboa ao longo da trama sem, no entanto, quebrar nenhum osso nem tampouco ostentar ferimentos dignos de nota.


Enfim, para os fãs de horror, Dylan Dog - Dead of Night merece uma conferida, nem que seja apenas para um rápido entretenimento e para testemunhar como o sonho de ver as HQs traduzidas para o cinema continua sendo apenas um sonho. Resta torcer para que a carreira de Brandon Routh (que fez bonito em Superman Returns) consiga sobreviver a este desastre. Se você não é fã do gênero e não tem uma paciência mais desenvolvida para aturar mais uma dose de vampiros e lobisomens de qualidade questionável, nem chegue perto desse filme!