quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Games imperdíveis: RED DEAD REDEMPTION (XBOX 360)


Se você tem um Xbox 360 ou Playstation 3, não há na atualidade um game mais imperdível, recomendável e necessário do que Red Dead Redemption! Eu sei que alguns apressados vão pensar algo como "ah, é só mais um GTA, só que agora no Velho Oeste", mas pode acreditar que esse game é bem mais do que isso. Eu, particularmente, não me divertia (e viciava) tanto num jogo da Rockstar desde o lendário GTA - Vice City de 2002. 

Red Dead Redemption se passa no ano de 1911, e o jogador encarna o pistoleiro John Marston. Outrora um assaltante e membro de um bando criminoso, agora Marston foi cooptado pelo governo para caçar um perigoso bandido chamado Bill Williamson, antigo amigo de Marston. Sem muita escolha (agentes do governo sequestram a esposa e o filho dele), nosso herói viaja para o território de New Austin e confronta Williamson, mas é baleado e deixado para morrer em frente ao forte onde o bandido está encastelado com sua gangue. Marston então é salvo por uma fazendeira chamada Bonnie MacFarlane, e é aí que o jogo começa.


Chamar Red Dead Redemption de "cinematográfico" é quase desmerecê-lo, pois já faz tempo que não vejo um filmão hollywoodiano de ação/aventura com tanta atmosfera, ambientação e trama como se vê nesse jogo. Os gráficos, então, são de babar! É de aquecer o coração de uma criança velha que cresceu jogando Atari, como o autor dessas linhas. A qualidade visual beira o realismo fotográfico, é de sair cavalgando só pra admirar o cenário mesmo. Que me desculpem os fãs de GTA IV, mas Red Dead Redemption dá de relho! E isso pra não falar da enormidade inacreditável do cenário de jogo. Simplesmente não dá pra entender como é que você anda e anda e anda por imensidões territoriais aparentemente infindáveis sem que o videogame pare sequer por um segundo para fazer um "loading", ainda que mínimo. Se o jogo fosse um pouco mais imersivo, eu já teria me mudado pra dentro dele de mala e cuia!

O único "problema" - comum dos jogos atuais - é a enormidade do jogo. Se você não tem mais nada pra fazer da vida e pode jogar oito horas diárias, isso não chega a ser um problema. Mas, para um jogador de fim de semana como eu, a extensa campanha single player é um bocado intimidadora. Para você ter uma ideia, já joguei quase dez horas e completei pouco mais de 20% do jogo. Portanto, como eu pretendo chegar ao final dele, posso ter certeza de que muitas horas de cavalgadas e tiroteios ainda me aguardam.

Ah, no momento estou morando num quarto alugado em cima do saloon da cidade de Armadillo, a poucos metros dos bêbados e prostitutas do lugar. Quer coisa mais legal do que isso?


quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

MAMÁ: um curta-metragem de arrepiar os cabelos!


A1:Mama from Sebastian Sarraute on Vimeo.


Esse curta espanhol dirigido por Andy Muschietti tem apenas uns três minutos de duração, mas vai deixar você cagado(a) a noite inteira. Se tem medinho de filmes de terror, nem assista! Se depois você tiver que durmir com a luz acesa, não diga que eu não avisei. 

Eu só não fiquei com medo porque sou O Caveira, íntimo do mundo sobrenatural! Meu Deus, não sei nem como consegui dormir de noite depois de ver essa coisa horrível!!!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Álbuns recomendados: BLAZE BAYLEY - PROMISE AND TERROR (2010)


No próximo domingo (23/01) vai ter show do Blaze Bayley aqui em Porto Alegre. Para comemorar, vamos para uma breve análise do mais recente álbum do cara - Promise and Terror - lançado em 2010.

Para quem não conhece, Blaze ficou famoso por ter sido o vocalista do Iron Maiden entre 1994 e 1999, período no qual gravou dois álbuns com a banda: The X-Factor (1995) e Virtual XI (1998). Não foi, no entanto, uma passagem tranquila. Para muitos fãs, a saudade de Bruce Dickinson falou mais alto, o que levou o material da "Era Blaze" (e principalmente as performances ao vivo do cantor) a ser frequentemente achincalhado e exageradamente criticado por grande parte do público e da mídia especializada. 

Pessoalmente, sempre achei tudo isso um enorme exagero: sou fã incondicional da banda desde 1994, acompanhei atentamente toda a passagem de Blaze pela banda e sempre achei The X-Factor um dos grandes álbuns da discografia do Maiden (sem falar que é o disco que redefiniu o som da banda, e inaugurou o estilo que as composições da banda continuam tendo até hoje).

O Iron Maiden em 1995.

Após a saída do Maiden no começo de 1999, Blaze se lançou numa carreira solo que surpreendeu todos os fãs de heavy metal pela qualidade das composições. O primeiro álbum solo de Blaze, Silicon Messiah (2000), foi seguramente um dos melhores álbuns do estilo daquele ano, e todos os álbuns seguintes mantiveram um alto padrão de qualidade. E é aí que o novo Promise and Terror surpreende ainda mais: o álbum teve uma recepção excelente por parte da crítica e do público, e já é comercialmente o disco mais bem sucedido da carreira solo de Blaze. Motivos não faltam, pois o álbum é mesmo muito bom.

Uma das coisas que chama a atenção, após algumas audições, é que Promise and Terror possui uma parte mais "alto astral" e uma mais "deprê". São 11 faixas no total, sendo que as 7 primeiras são mais rápidas, agressivas e positivas, enquanto que as quatro últimas funcionam quase como uma pequena peça dark e introspectiva, lidando com as dores da tragédia pessoal e da perda. O sentimento de Blaze sobre esse tema, infelizmente, é de fato muito autêntico - o cara enfrentou em 2008 a trágica morte de sua esposa Debbie Hartland. 

Promise and Terror é cheio de boas surpresas: a excelente Surrounded by Sadness (a única música "unplugged" do álbum), a rápida Watching the Night Sky e a ótima Time to Dare. Não há realmente um ponto baixo no álbum, e no final das contas o mais provável é acabar ouvindo o material do começo ao fim, mesmo. As quatro faixas finais não apenas são ótimas isoladamente como funcionam extremamente bem em conjunto, quase como se fosse um "mini-EP" dark e soturno, em adendo ao álbum em si.


Enfim, o novo álbum de Blaze é o ponto alto da carreira solo do cara até aqui (embora eu ainda continue preferindo o imbatível Silicon Messiah), e estou curioso para ver como essas novas músicas irão soar ao vivo. Depois de dez anos de uma carreira solo sólida e invejável, Promise and Terror é mais um chute na bunda daqueles que, nos anos 90, questionavam os méritos de Blaze enquanto vocalista e compositor. Recomendo para qualquer um que goste de heavy metal, independentemente de ser fã do Iron Maiden ou não.


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Game da Semana: PLANTS vs ZOMBIES


Eu já tinha ouvido falar que esse joguinho estava bombando, mas ainda não tinha experimentado jogá-lo até dois dias atrás. Por recomendação de um amigo, baixei o demo do game. Só o que tenho a dizer é: CUIDADO! Esse é um dos jogos mais viciantes que eu tive contato em longo tempo, e conhecê-lo pode ser o fim das suas horas livres.

O game foi lançado em 2010 pela PopCap Games, e sua versão completa custa 19,99 dólares no site oficial - mas o jogo está em promoção no Steam, na versão Game of the Year, por apenas U$ 9,90. O demo é bem legal, o suficiente para deixar o jogador ocupado por duas ou três horas, mas depois de ter viciado nessa coisa (e de ter chegado ao fim da versão demo em apenas duas noites) pra mim vai ser impossível não comprá-lo.


A premissa de Plants vs Zombies é tão absurda quanto divertida. Zumbis estão saindo de um cemitério próximo e tentando invadir a sua casa pelo quintal. A sua única linha de defesa é transformar o pátio numa plantação de bizarras plantas atiradoras, que atacam os mortos-vivos e impedem o avanço deles. Para dispor duas plantas, é necessário coletar raios de sol. O conceito todo é um pouco complicado de explicar em palavras, mas a curva de aprendizado é bastante rápida e bastam uns poucos minutos para que o jogador consiga dominar a excêntrica mecânica do jogo.

O jogo foi muito elogiado em todas as suas versões (PC, Mac, Iphone e Xbox Live Arcade), e vem fazendo um sucesso absurdo na versão Iphone, tendo vendido mais de 300.000 cópias apenas nos primeiros nove dias à venda na App Store da Apple. Para breve, já está prometida uma versão para o Nintendo DS também. 


Enfim, Plants vs Zombies é divertidíssimo, viciante, tem gráficos e sons muito legais, é barato e nada exigente em termos de hardware. Estou rodando perfeitamente o jogo no meu netbook ASUS 1201T (que, embora seja considerado um "super netbook", tem mais ou menos o poder de processamento de um notebook ou desktop dos mais baratos). Realmente, um joguinho imperdível - que mostra que, em tempos de realismo fotográfico e games ultrarealistas de Xbox 360 e Playstation 3, ainda há espaço para games baseados mais na originalidade e na diversão e menos em gráficos 3D sofisticados.


terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Você sabe o que é uma porcaria? PISCINAS EM PRÉDIOS!



Ah, o verão! Praia, garotas de biquini, cerveja com batata frita, sorvete, a sua pança brancona saliente para fora daquele calção ridículo que mofa no seu armário o resto do ano inteiro, sombra e ÁGUA! Muita água! Água gelada, banhos, mar ... e piscinas.

Esta é a época preferencial para vítimas inocentes depositarem suas esperanças em um dos maiores engodos da humanidade: a piscina do prédio!

Na sua imaginação, a piscina do prédio sempre aparece como uma espécie de versão subaquática do salão de festas do condomínio. Água clarinha e tratada, você ali numa boa tomando sua birita, eventualmente interrompido apenas por uma ou duas vizinhas gatíssimas e super dispostas a ficarem seminuas bem pertinho de você.

 
A piscina do seu prédio, na sua imaginação.


Só que nada disso é verdade. Uma piscina de condomínio significa apenas uma coisa: que uma indesejável pluralidade de seres humanos se utiliza delas, o que inclui crianças mijonas, que certamente não estão dispostas a abandonar suas brincadeiras na água e correr para o banheiro apenas para descarregar aquela inoportuna carga de urina que podem muito bem despejar ali mesmo, no meio da "sua" piscina.

É, eu sei, a realidade é uma puta de uma estraga-prazeres, não é mesmo? Mas é isso aí mesmo: a piscina do seu prédio não é a Lagoa Azul. As garotas assanhadas, bronzeadas e de fio dental (e que pedem para você passar bronzeador nelas, não é assim que funciona na sua imaginação doentia? Confesse!) não existem de verdade.

Sabe o que acontece DE VERDADE na sua piscina? Crianças mijando. Adultos mijando. Coletividades inteiras assoando o nariz e limpando as mais profundas partes de seus sistemas respiratórios na água. Pessoas peidando. Pessoas buscando usar o sol e a água como uma espécie de tratamento caseiro para a cura de frieiras. Cães aventureiros usando a piscina como bebedouro e/ou latrina. Bêbados vomitando na piscina depois de voltarem de uma bebedeira. Casais libidinosos transando na piscina. Grávidas pegas desprevenidas dando a luz na piscina. E se dê por feliz se não aparecer algum vizinho que, sendo proveniente de alguma cultura mais exótica, resolva jogar na piscina do prédio as cinzas de algum falecido ente querido!

 A piscina do seu prédio como ela realmente é.


Portanto, meu amigo, não há solução para o drama. Contente-se em banhar-se na água do mar, pois pelo menos o oceano é vasto (e em movimento) o suficiente para se livrar da maior parte dos muitos dejetos que recebe. Contente-se com uma chuveirada fria, ou invista numa banheira. Se o calor for excessivo, não envergonhe-se de apelar para a Solução Final: instale uma piscina inflável de criança no local menos inconveniente de sua casa, só pra você, e então seja verdadeiramente um veranista realizado!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O Caveira analisa: Michael Jackson - MICHAEL (2010)



No final de 2010, chegou às lojas de todo o mundo Michael, o aguardado primeiro álbum póstumo do Rei do Pop. A expectativa era grande, afinal de contas se trata da chance de ouvir material novo cantado pelo maior nome da música pop dos anos 80 (e de todos os tempos, como consequência lógica).

Vamos primeiro às boas notícias: o novo álbum possui várias músicas interessantes, agrada no geral e é mil vezes melhor do que Invincible, o último álbum de inéditas que Jackson lançou em vida. Agora as más notícias: o disco é bastante curto (são dez faixas e apenas 42 minutos de duração), algumas faixas são bem "mornas" (pra não dizer "pé no saco") e boa parte do material, no geral, deixa a impressão de que Jackson, se estivesse vivo, não se daria por satisfeito com o lançamento dessas faixas para o público. Ou seja, não dá pra escapar da sensação de que se está diante de um "catadão" superproduzido em estúdio, feito sob medida para raspar o baú do falecido músico e lucrar mais alguns trocados em cima dele.

O álbum abre com "Hold my Hand", gravada em parceria com o cantor Akon. A faixa rendeu o primeiro (e até agora único) videoclipe do disco, e é um pop radiofônico grudento, que funciona bem. Na sequência, a agitada "Hollywood Tonight" também surpreende positivamente. Na reta final do álbum, aparece a boa "Breaking News", em que Michael destila na letra todo o seu ressentimento com a mídia sensacionalista, que não cansava de expô-lo negativamente nos seus últimos anos de vida (é verdade que não sem motivos, por vezes).

"(I Can't Make It) Another Day" também surpeende, e é tranquilamente uma das músicas mais legais do disco, contando com a participação de Lenny Kravitz. Na sequência, a ótima "Behind the Mask" e a baladinha "Much Too Soon", que acaba funcionando mais em virtude de sua letra, que inevitavelmente sensibiliza o ouvinte ainda chocado com a morte do lendário Rei do Pop. No meio desses bons sons, aparecem umas coisas que oscilam entre o chato e o profundamente esquecível, como "Keep Your Head Up", "(I Like) The Way You Love Me", a razoável "Monster" (que agrada principalmente por ser mais uma incursão de Jackson na lírica estilo "filme de terror" que tanto sucesso fez na clássica música "Thriller" nos anos 80) e "Best of Joy".

Em resumo: Michael, o álbum, está anos-luz de distância atrás de clássicos como Thriller (1982), Bad (1987) e Dangerous (1991) em termos de qualidade e importância. Mas considerando que, em vida, Jackson chegou a lançar coisas como o fraquinho HIStory (1995) e o péssimo Invincible (2001), não dá pra dizer que esse lançamento póstumo chega a macular a discografia do artista, apesar da genuína dúvida que fica a respeito se ele teria aprovado esse álbum do jeito como ele acabou sendo lançado.

Me parece que a principal questão sobre esse disco póstumo é: ele serve para aplacar a saudade do Rei do Pop? Para mim, a resposta é positiva.

MENSAGEM DE ANO NOVO 2011

 
 
Quase não dá para acreditar, mas já começa mais um novo ano, momento da breve porém tradicional reflexão aqui na Cripta.

Em algum ponto de 1999, eu estava ouvindo um programa no rádio, dentro do carro. De repente, um dos locutores lê a seguinte mensagem enviada por um ouvinte: "caras, vocês já se deram conta de que os anos 90 foram para o saco?".

Aquilo me sacodiu. Caramba, era verdade! Quando aquela década tinha começado, eu era uma criança de nove anos de idade, estudando na 4ª série do Ensino Fundamental. Era outro mundo. Michael Jackson ainda era o maior ícone pop do mundo, o Guns'n Roses estava no auge, quase ninguém ainda tinha ouvido falar sobre uma coisa chamada "internet", ter um videocassete em casa ainda era uma coisa muito legal e "O Exterminador do Futuro 2" viria a ser o grande filmão do ano. 

Mas agora eu era um adulto, quase com dezoito anos nas costas, cursando o primeiro ano do curso de Direito na faculdade e preocupado em tirar minha carteira de motorista. Aquele ouvinte tinha razão: os anos 90 estavam quase virando passado. O mundo do futuro estava chegando, o ano 2000 estava chegando.

E agora, com um misto de espanto e perplexidade, eu me permito fazer a você, leitor fiel da Cripta, a seguinte pergunta: CARA, VOCÊ JÁ SE DEU CONTA QUE OS ANOS 2000 FORAM PARA O SACO?
A década da popularização da internet, da banda-larga, da absoluta universalização do fenômeno mp3 e dos DVDs, dos Playstation 2 e 3, da Segunda Guerra do Golfo, dos turbulentos Anos Bush, dos assustadores ataques terroristas que destruíram o World Trade Center em 2001, do Orkut virando mania no Brasil, do Facebook, do Twitter, do fenômeno televisivo Lost, do fenômeno literário Harry Potter, da trilogia Senhor dos Anéis nos cinemas, do surgimento da pen-drive (que hoje todos nós temos no bolso), etc. Essa década, que ainda parece tão familiar e próxima, mas que já é passado.

Somos passageiros em uma viagem que passa muito rápido, mas que vale muito à pena. Vivi os anos 80, 90 e 2000 e vi essas décadas passarem por mim enquanto eu envelhecia e enxergava o mundo com olhos diferentes. E agora estou particularmente curioso para saber o que a próxima década nos reserva.

Que 2011 seja um ano feliz e de muitas realizações para todos nós, e que possamos ainda fazer muitas coisas legais e importantes em nossas vidas antes de chegar o dia em que algum chato irá nos cutucar para dizer "ô cara, cê já parou pra pensar que os anos 10 foram pro saco?" ...

"Vida longa e próspera", como dizia aquele orelhudo que eu adoro (não, ele não é um elfo).

MENSAGEM DE ANO NOVO 2010: http://caveirascrypt.blogspot.com/2010/01/mensagem-de-ano-novo-do-caveira.html

MENSAGEM DE ANO NOVO 2009: http://caveirascrypt.blogspot.com/2009/01/breves-anos.html

MENSAGEM DE ANO NOVO 2008: http://caveirascrypt.blogspot.com/2008/11/recapitulando-2008.html