terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Você sabe o que é uma porcaria? PISCINAS EM PRÉDIOS!



Ah, o verão! Praia, garotas de biquini, cerveja com batata frita, sorvete, a sua pança brancona saliente para fora daquele calção ridículo que mofa no seu armário o resto do ano inteiro, sombra e ÁGUA! Muita água! Água gelada, banhos, mar ... e piscinas.

Esta é a época preferencial para vítimas inocentes depositarem suas esperanças em um dos maiores engodos da humanidade: a piscina do prédio!

Na sua imaginação, a piscina do prédio sempre aparece como uma espécie de versão subaquática do salão de festas do condomínio. Água clarinha e tratada, você ali numa boa tomando sua birita, eventualmente interrompido apenas por uma ou duas vizinhas gatíssimas e super dispostas a ficarem seminuas bem pertinho de você.

 
A piscina do seu prédio, na sua imaginação.


Só que nada disso é verdade. Uma piscina de condomínio significa apenas uma coisa: que uma indesejável pluralidade de seres humanos se utiliza delas, o que inclui crianças mijonas, que certamente não estão dispostas a abandonar suas brincadeiras na água e correr para o banheiro apenas para descarregar aquela inoportuna carga de urina que podem muito bem despejar ali mesmo, no meio da "sua" piscina.

É, eu sei, a realidade é uma puta de uma estraga-prazeres, não é mesmo? Mas é isso aí mesmo: a piscina do seu prédio não é a Lagoa Azul. As garotas assanhadas, bronzeadas e de fio dental (e que pedem para você passar bronzeador nelas, não é assim que funciona na sua imaginação doentia? Confesse!) não existem de verdade.

Sabe o que acontece DE VERDADE na sua piscina? Crianças mijando. Adultos mijando. Coletividades inteiras assoando o nariz e limpando as mais profundas partes de seus sistemas respiratórios na água. Pessoas peidando. Pessoas buscando usar o sol e a água como uma espécie de tratamento caseiro para a cura de frieiras. Cães aventureiros usando a piscina como bebedouro e/ou latrina. Bêbados vomitando na piscina depois de voltarem de uma bebedeira. Casais libidinosos transando na piscina. Grávidas pegas desprevenidas dando a luz na piscina. E se dê por feliz se não aparecer algum vizinho que, sendo proveniente de alguma cultura mais exótica, resolva jogar na piscina do prédio as cinzas de algum falecido ente querido!

 A piscina do seu prédio como ela realmente é.


Portanto, meu amigo, não há solução para o drama. Contente-se em banhar-se na água do mar, pois pelo menos o oceano é vasto (e em movimento) o suficiente para se livrar da maior parte dos muitos dejetos que recebe. Contente-se com uma chuveirada fria, ou invista numa banheira. Se o calor for excessivo, não envergonhe-se de apelar para a Solução Final: instale uma piscina inflável de criança no local menos inconveniente de sua casa, só pra você, e então seja verdadeiramente um veranista realizado!

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