terça-feira, 31 de agosto de 2010

Filmes para se cagar de rir: COMANDO VERMELHO

Há poucos dias falei sobre o ótimo The Expendables (novo filme do Stallone), citando ele como um exemplo de ótimo filme de ação. Agora, pra gente rir um pouco, vou falar de um bonito exemplo de PÉSSIMO filme de ação: Command Performance, de 2009, que chegou no mercado nacional de DVDs com o nome Comando Vermelho. Prepare o seu coração: o filme é escrito, dirigido e estrelado por DOLPH LUNDGREN !!!! Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!

O filme é basicamente um rip-off de Duro de Matar, só que nada funciona. O "herói" protagonizado por Lundgren é risível, a ação é fuleira, o humor involuntário é recorrente e a história perde de dez a zero pra qualquer joguinho de videogame atual.

Na "trama", Lundgren é Joe (um nome tão limitado quanto o Q.I do personagem), baterista de uma banda de rock. Apesar dos 52 anos, Lundgren não se furta de ficar seminu o filme inteiro (mais ou menos como no filme do He-Man que ele fez nos anos 80, no qual ele usava praticamente só uma capa e um biquini). O pior é que todas as fêmeas que aparecem no filme, ainda que tenham menos da metade da idade de "Joe", sentem-se todas automaticamente atraídas sexualmente por ele. É, Lundgren realmente não tem vergonha na cara!

Bom, mas preste atenção nesse roteiro maravilhoso: o mongão Joe está com sua banda fazendo um show na Rússia, abrindo para uma estrela do pop americano (por que uma banda de hard rock abriria para uma cantora pop estilo Britney Spears é um mistério). Mas não é só isso: o PRESIDENTE DA RÚSSIA está presente no lugar, assistindo ao show com suas filhas adolescentes! E daí, é claro, é óbvio, é arquievidente, o que acontece? O que acontece? TERRORISTAS invadem o lugar e fazem todo mundo de refém! LÓGICO! O que mais poderia justificar a presença do Presidente da Rússia no show de uma fedelha cantora pop americana?!?

Os terroristas rendem e/ou fuzilam todo mundo, mas aparentemente eles têm merda na cabeça e esquecem de revistar os banheiros do local (lógico, afinal todos sabemos que ninguém vai no banheiro durante um megashow, não é?). Curiosamente, apesar das milhares de pessoas ali presentes, a única pessoa que estava no banheiro é o mocorongo personagem de Lundgren. Agora, adivinha quem é que vai enfrentar os terroristas e salvar o presidente russo e suas filhas? ADIVINHOU: Joe, o baterista!


Grandes momentos da película:

- Joe fazendo um solo de guitarra no último volume para ensurdecer os terroristas, que largam suas armas para colocar as mãos nos ouvidos (a pose rockstar de Lundgren, nesse momento, é um dos momentos mais constrangedores da história do cinema);

- Joe quebrando uma guitarra na cabeça de um terrorista e usando o braço quebrado da guitarra para atravessar a barriga de outro inimigo;

- Joe dizendo que odeia armas de fogo e, dez minutos depois, armando-se com uma quantidade de metralhadoras digna de impressionar até o Exterminador do Futuro;

- O confronto final com o líder terrorista, roubado na maior cara-de-pau diretamente do clássico Comando para Matar;

- A expressão facial de Lundgren, tentando do fundo do coração interpretar, na cena em que Joe dá de cara com dezenas de pessoas fuziladas.

Enfim, se você encontrar essa bomba num canto qualquer da sua locadora preferida, não perca a oportunidade de conhecer essa obra-prima do cinema de ação trash!

Fiquei assim depois de ver esse filme!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Análise do Caveira: THE EXPENDABLES (2010)


Na semana passada, fui no cinema ver "Os Mercenários" (THE EXPENDABLES), o novo filme do Stallone. Eu sei que os "críticos intiligêntis" andam dizendo um monte de bobagens sobre o filme, mas não caiam nessa. Se você gosta de filmes como Comando Para Matar, Predador, Rambo II e Duro de Matar, então esse filme é simplesmente OBRIGATÓRIO.

Aliás, mais do que um "filme" propriamente dito, The Expendables é, mais do que tudo, uma carta de amor aos filmes de ação dos anos 80. Deixa eu traduzir: heróis que fuzilavam exércitos inteiros e saíam sem um arranhão, testosterona em altos níveis, helicópteros em chamas sendo derrubados, sujeitos com braços gigantescos carregando armas capazes de destruir um tanque do exército, contagem de corpos que colocava até os filmes da série Sexta-Feira 13 no chinelo ... ahhhh, bons tempos!


O elenco é uma perfeição: Stallone é um dos ícones absolutos do cinema de ação oitentista. Jet Li e Jason Statham aparecem como representantes contemporâneos do gênero. Mickey Rourke, que nunca foi famoso por esse tipo de filme, está virado numa montanha de músculos desde a sua já célebre atuação em The Wrestler (2008). Isso, somado ao fato de que ele é o único ator do filme que possui talento dramático real, o torna mais um dos pontos positivos da produção. O personagem dele não chega a sair no pau com ninguém, mas Rourke protagoniza o único momento do filme que apresenta alguma carga emocional - ou, vá lá, o único instante de interpretação legítima do filme todo.

O resto é tudo festa! Stallone, com mais de 60 anos, aparece em sobrenatural boa forma. Dolph Lundgren, o icônico boxeador soviético Drago de Rocky IV, contracena ao lado de Stallone pela primeira vez em vinte e cinco anos. Para os fãs de filmes de ação, ver o grandalhão e sua enorme cara de perturbado (mais ou menos aquela mesma que exibia como o vilão de Soldado Universal, em 1992) em mais uma produção do gênero é sempre um prazer. 


Aliás, só a cena da igreja (em que Stallone, Bruce Willis e Arnold Schwarzenegger protagonizam uma das conversas mais divertidas da história do cinema) já valeria o filme!

As críticas ao filme que tenho lido não fazem o menor sentido. Reclamam, por exemplo, que o filme tem um roteiro fraco, furado e quase inexistente. Ahhhhhhh, bem diferente, portanto, de clássicos como Rambo II e Comando para Matar, que tinham tramas profundas e complexas, certo? Caramba, quando é que vão entender que um filme não pode ser julgado pelas preferências estéticas do crítico (e nem pelas convenções do que se costuma chamar de "cinema arte"), mas sim por seus objetivos enquanto trabalho artístico? Será que Stallone tinha o objetivo de contar uma grande história, ou apresentar interpretações de grande valor dramático? Ou será que o objetivo era fazer uma grande homenagem ao cinema de ação, intencionalmente reproduzindo - ou até dando ênfase - para os tradicionais clichês e "defeitos" do gênero?


Se você nunca foi muito chegado em filmes de ação - ou se nasceu depois dos anos 80 e nunca teve saco para ver aqueles filmes "velhos" - então não será The Expendables que irá mudar seu paladar. Mas se você é do tempo em que a cultura pop não era dominada por vampirinhos adolescentes sentimentais, mas sim por brutamontes com uma metralhadora em cada braço, então The Expendables é um filme pra ver no cinema, se divertir horrores e depois comprar em DVD pra rever inúmeras vezes em casa.


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Review: IRON MAIDEN - THE FINAL FRONTIER


Bem, é hoje! 16 de agosto de 2010, dia do lançamento mundial do novo álbum do IRON MAIDEN, The Final Frontier. Nessa semana irei correndo comprar a minha edição especial do álbum! Mas como o trabalho da banda vazou na internet há mais ou menos uma semana, já pude fazer algumas audições do material e vou apresentar para vocês um pequeno review em primeira mão de The Final Frontier.

A primeira coisa que acho importante, ao resenhar um novo álbum do Maiden, é conter a euforia de fã. Os poucos reviews já disponíveis na internet, a meu ver, pecam por um emocionalismo exacerbado, o que é corriqueiro em se tratando de uma banda tão antiga, tradicional e repleta de fãs fiéis. Quando o álbum Brave New World (2000) foi lançado, todo mundo quase morreu do coração. Quando saiu Dance of Death (2003), alardearam que se tratava do melhor disco da banda desde Seventh Son of a Seventh Son (1988). Quando A Matter of Life and Death (2006) saiu, mais uma vez saíram dizendo que era o melhor álbum da banda em vinte anos. E agora, com The Final Frontier, novamente já tem gente dizendo que o álbum é "infinitamente superior" ao anterior.


É claro que gosto e gosto, por isso eu não vou ficar tentando moldar as preferências de ninguém. Vou apenas me ater a alguns fatos: primeiro, o Iron Maiden abriu mão completamente das músicas rápidas e diretas. Historicamente, o repertório da banda sempre variou entre músicas longas e complexas (cheias de diferentes partes e atmosferas) e músicas relativamente curtas (com quatro ou cinco minutos de duração) e objetivas. Vários clássicos do Maiden se enquadram nesta segunda categoria, como The Trooper, Two Minutes to Midnight, Be Quick or Be Dead, Man on the Edge, Lord of the Flies, Prowler, Holy Smoke, Can I Play With Madness, The Evil That Man Do, Wasted Years e outras tantas. 

Se nos últimos dois álbuns o Maiden já mostrava a tendência de abrir mão dessas composições mais diretas, dessa vez a banda aboliu de vez as músicas rápidas e curtas. Apenas quatro das dez músicas do álbum têm menos de sete minutos e meio de duração, e mesmo essas músicas mais curtas são elaboradas e complexas. Talvez a única música "simples" do disco seja a balada Coming Home, que aliás é uma música excelente, que lembra muito Out of the Shadows, do álbum anterior (sendo que ambas lembram bastante as baladas heavy da carreira solo de Bruce Dickinson). Ou seja, se você é daqueles que só gostam das músicas curtas da banda, então é melhor ouvir de novo o clássico Fear of the Dark (1992) e nem chegar perto desse novo álbum. 


O segundo fato é que, musicalmente, The Final Frontier surpreende menos do que o álbum anterior, A Matter of Life and Death, de 2006 (por favor, não me entenda mal - isso não significa que um seja melhor do que o outro, e nem pretendo entrar nesse mérito). Enquanto que o disco anterior surpreendia pelas músicas complexas e pelo direcionamento quase prog metal que a banda tomava, The Final Frontier soa como uma continuação absolutamente natural de A Matter of Life and Death, inclusive com várias músicas, arranjos e timbres que remontam às composições daquele álbum. Mas isso não impede que esse novo álbum apresente algumas surpresas, sendo que a principal delas é a fantástica faixa de abertura, Satellite 15 ... The Final Frontier. A faixa mescla um peso de guitarras e batidas de uma forma como o Maiden jamais havia feito antes, e a segunda metade da música surpreende pela sonoridade totalmente hard rock. Difícil não gostar.

Não vou fazer um review faixa por faixa, até porque seria temerário. Assim como A Matter of Life and Death, The Final Frontier é um álbum de músicas longas e complexas, que requer diversas audições para ser devidamente aproveitado. O que fica evidente, desde já, é que o Iron Maiden não apenas prossegue no mesmo caminho assinalado pelo elogiado e bem sucedido trabalho anterior, como ainda obteve sucesso em manter aquele mesmo nível elevado de qualidade

Parece inevitável que o lançamento de The Final Frontier dê início a um intenso debate entre os fãs a respeito de qual álbum é melhor, se este novo ou se o anterior. Como sou fã da banda há dezesseis anos e já ouvi milhares de vezes a discografia inteira dos caras, não me interessa tanto entrar nesse mérito. O que realmente importa é que, trinta anos após o primeiro álbum, o Iron Maiden continua esbanjando criatividade, vigor e integridade, conseguindo com sucesso manter sua identidade musical sem deixar de inovar. O que mais um fã da banda poderia querer?


domingo, 15 de agosto de 2010

A Banda do Chaves




Depois do vídeo daquele pessoal assassinando a música do Guns n' Roses, a gente até chega à conclusão de que a banda da vila do Chaves fazia um som bem porrada!

Da série "A minha banda é a melhor"!




Fica a dica: se você não sabe tocar, aprenda antes. Não comece fazendo cover de um clássico do Guns n' Roses, filmando e colocando no Youtube.

domingo, 8 de agosto de 2010

Você sabe o que é uma porcaria? GRIPE!

Adivinhem por que eu fiquei mais de uma semana sem postar nada na Cripta? Resposta: GRIPE! Sim, MAIS UMA maldita gripe, minha terceira em dois meses. Pelo jeito, 2010 é o Ano Internacional da Gripe Ferrar com o Caveira. E que gripe mais desgraçada: ataca com febre, tosse do cão, coriza, tudo ao mesmo tempo, até o cara se sentir um bolo de carne moída.


Não sei se vocês já pararam pra pensar nisso, mas a gripe é uma coisa muito idiota. O vírus poderia muito bem infectar uma pessoa e viver ali quietinho, no nosso organismo, como um simbionte. Mas nãããoo, o desgraçado ainda nutre aquela ideologia ultrapassada de querer MATAR o hospedeiro. Que coisa mais "Alien", tão anos 70 ...


O vírus da gripe, em última análise, é SEMPRE um perdedor: se ele infecta um hospedeiro e é eliminado do organismo, ele perde. Se ele consegue comprometer completamente o organismo do hospedeiro através de complicações (pneumonia, etc), o hospedeiro morre e o vírus morre junto. E se a gripe conseguisse sucesso na sua pretensão de infectar o mundo inteiro, acabaria matando todos os seres humanos e, consequentemente, se exterminaria. Daí se impõe a obrigatória conclusão de que o vírus da gripe é ignorante e nunca leu nada sobre Teoria dos Jogos, por exemplo.

O mais triste, no entanto, é o estigma social do gripado. As pessoas não conseguem sentir pena de gripado! Experimente ligar pro seu chefe e dizer que vai faltar no trabalho por estar gripado! Subconscientemente, rola aquele preconceito de que o gripado é de alguma forma culpado por ter ficado doente. "Ah, deve ter passado a noite na balada! Deve ter andado pelado(a) de pés descalços num motel de beira de estrada com uma companhia de qualidade duvidosa! Deve ter participado do IV Campeonato Estadual de Ingestão de Sorvetes!". Ninguém está preparado para aceitar o fato bruto de que o gripado é só uma pobre vítima das circunstâncias, e que possivelmente ficou gripado trabalhando, indo no supermercado ou naquela fila quilométrica do banco (onde tinha a velha que não parava de tossir, lembra?).

Por outro lado, ironicamente, a nossa cultura judaico-cristã-tupiniquim não vê nenhum problema quando o gripado cretino sai pelas ruas infestando tudo e todos. Se o adoentado quer ficar em casa em repouso, para eliminar o vírus no sofrimento solitário de seu estóico confinamento residencial, nós achamos isso reprovável, quase uma espécie de vadiagem disfarçada. Mas se o infeliz resolve socializar a sua miséria com os outros, tossindo, espirrando e infectando vítimas por todo lugar em que passa, daí todos acham isso socialmente aceitável!

E nem tente se insurgir contra isso, saindo na rua com uma máscara (como fazem os japoneses quando estão gripados). As pessoas vão achar que você está com alguma doença terminal e atravessarão a rua quando virem você. E sempre vai ter um engraçadinho saudável pra te apelidar de "Michael Jackson"!


"Eu, deixar de ir pro escritório por causa desse resfriadinho? Bem capaz! Vem cá dar um abraço!"

sábado, 7 de agosto de 2010

Vendo a Morte no mercado



Muito boa! Até eu iria tomar um cagaço se visse aquele ceifador bisonho lá atrás.