sexta-feira, 30 de abril de 2010

Piores Videoclips de Todos os Tempos: KISS - Tears Are Falling



Tenha medo. Tenha MUITO medo!

TENSO!    : |

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Reclames do Caveira - Anotações de uma Mente Insone, Episódio IV


Como hoje eu não tenho nada de interessante para publicar no blog, vou ficar falando com meus botões. Esse negócio de conciliar Mestrado e trabalho acabou com meu tempo livre, não consigo mais nem manter meus blogs decentemente atualizados. Até o meu twitter está meio largado. Também, olha que mundinho mais alienante esse em que a gente vive! É blog, Facebook, Orkut, e-mails, twitter ... credo, quanta merda que precisa ser conferida todos os dias!


Sabe o que era bom? Os anos 80! Naquela época, pra ser nerd, bastava ter um microcomputador em casa. E não tinha essa infinidade de redes sociais, sabe por que? Porque não tinha internet! A essa hora da madrugada, se eu estivesse em 1987 com a idade que tenho agora, não estaria escrevendo merdas para publicar num blog. Provavelmente eu estaria programando alguma porcaria em BASIC, ou tentando jogar algum game sem sucesso, porque a fita K7 ficaria dando "Tape loading error". Mas pelo menos eu não iria me sentir culpado de não conseguir tempo pra atualizar meu blog. Seria algo como "estamos em 1987, cacete! Que porra é esse de blog, nunca ouvi falar nisso!".


Não, nada a ver. A música pop piorou muito desde lá, mas a informática melhorou horrores. Imagina, hoje dá pra ver mulher pelada a qualquer momento numa infinidade de sites diferentes. E de graça! Nos anos 80, os computadores não tinham sequer resolução gráfica suficiente pra exibir uma foto decente de mulépelada. Sério, os nerds tarados tinham que se contentar em jogar Strip Poker no computador para despir uma mulher desenhada e mal feita. Sério. Sem falar que hoje em dia dá pra ver Miami Vice e Super Máquina em DVD. Então, na real, não se perdeu tanto assim. É claro que DVDs e mp3 não são substitutos à altura do VHS e da fita K7, mas dá pra sobreviver.


O foda é ter que aguentar Crepúsculo! Lembram de A Hora do Espanto? É, pois é, eu vivo dizendo que a vida em geral perdeu muito nas últimas décadas ...


segunda-feira, 26 de abril de 2010

Álbum recomendado: MEGADETH - RUST IN PEACE (1990)



Falta menos de 24 horas para eu realizar o sonho de ver ao vivo o MEGADETH, uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos e que até hoje nunca tive a oportunidade de ver de perto, apesar de ser fã de Dave Mustaine & Cia há quase quinze anos! Para comemorar o show que se aproxima, resolvi resenhar um álbum do Megadeth. Como já resenhei anteriormente o álbum mais recente da banda (Endgame, de 2009), dessa vez vou dissecar o disco que é considerado a obra-prima absoluta do Megadeth por 99% dos fãs da banda: RUST IN PEACE, de 1990.

Rust in Peace foi lançado em 24 de setembro de 1990, dez dias depois do meu aniversário de nove anos (e uns sete anos antes de eu virar fã da banda). O álbum apresenta uma das capas mais legais da história do heavy metal, mostrando uma reunião dos maiores líderes internacionais da época no mítico Hangar 18 (ou Area 51). Estão ilustrados os líderes do Japão, da Alemanha, da Inglaterra (John Major), da União Soviética (Gorbachev) e dos EUA (George Bush pai). Na frente deles, aparece Vic Rattlehead (um esqueleto de óculos escuros), o tradicional mascote da banda. Vic aparece sobre o corpo de um alienígena, morto (ou em animação suspensa) dentro de uma estrutura cilíndrica. Sensacional.

Mas não é apenas pela capa que Rust in Peace se tornou um dos álbuns de metal mais aclamados da história. O disco abre com a poderosa HOLY WARS ... THE PUNISHMENT DUE. Curiosamente, embora seja uma música só, a primeira parte é baseada nos conflitos na Irlanda do Norte, enquanto que a segunda parte é baseada nos quadrinhos do Justiceiro (The Punisher). Vai entender uma coisa dessas! A música é excelente, mas come poeira na comparação com a faixa seguinte. HANGAR 18 é uma das melhores faixas do álbum, uma das músicas mais legais de toda a discografia do Megadeth e uma das composições mais animalescas de toda a história do heavy metal. Os solos intermináveis e maravilhosos na parte final da música são de fazer babar qualquer sujeito que goste de guitarras!

TAKE NO PRISONERS, com seus backings irados, é outra faixa excelente, cuja letra trata sobre prisioneiros de guerra e sobre como os soldados são esquecidos depois que voltam mutilados da guerra. FIVE MAGICS é uma faixa com ótima instrumental e com uma letra bem diferente, sobre um sujeito que vive num lugar sob o domínio de um tirano (The Abyss Lord) e pretende destroná-lo. Para isso, o cara se mete a aprender cinco diferentes doutrinas de magia (Alchemy, Wizardry, Sorcery, Thermatology e Electricity) e se torna tão poderoso quanto o Abyss Lord. Só que, cego pelo poder, ele se torna cruel e indiscernível do seu próprio inimigo, e acaba derrotado por ele. A moral da música é a máxima bíblica de que "aquele que vive pela espada está fadado a morrer pela espada".

Gosto é gosto, e é bem possível que algum fã do Megadeth fosse discordar de mim sobre isso, mas considero as duas faixas seguintes as menos memoráveis do álbum. POISON WAS THE CURE e LUCRETIA são ótimas composições, curtas e certeiras, mas sempre achei que elas não são tão fantásticas quanto as outras do disco. A primeira fala sobre os problemas de Mustaine com as drogas, e a segunda - pasmem! - é sobre um fantasma que viveria no sotão da casa dele, e sobre como ele vai escondido lá durante a noite para procurar o fantasma, para que ninguém pense que ele é louco. A letra é um barato: "sitting up late at night, I tiptoe through the darkness, cold as hell black as spades, aware of my immediate surrounding, in my place I escape, up into my hideout, hiding from everyone, my friends all say, 'Dave your mental any way' hey!". Espero que essa história seja brincadeira, senão teremos que concluir que provavelmente também LUCRETIA tem uma letra que diz respeito às drogas usadas pelo vocalista!

Quando eu disse que achava POISON WAS THE CURE e LUCRETIA menos memoráveis do que o resto do álbum, isso não se deve apenas ao fato de que o disco começa muito bem, mas também em razão de as últimas três músicas serem petardos da maior qualidade. TORNADO OF SOULS é simplesmente uma das melhores faixas da história da banda, perfeita em todos os aspectos e empolgante do começo ao fim. DAWN PATROL é praticamente um solo de baixo com Mustaine sussurrando uma pequena e sinistra letra sobre um mundo que se tornou inabitável depois do holocausto nuclear. A faixa é curta (tem 1 minutos e 51 segundos) e esquisita, mas é impossível não gostar, até porque ela serve de aperitivo para a música que fecha o disco com chave de ouro: RUST IN PEACE ... POLARIS. Além do instrumental excelente, essa música tem uma letra sensacional, com momentos como "launch the Polaris, the end doesn't scare us, when will this cease, the warheads will all rust in peace" (lancem o Polaris, o fim não nos assusta, depois que isso acabar, as ogivas vão todas enferrujar em paz). Polaris é o nome de um míssil nuclear americano lançado por submarinos, criado no final dos anos 50 e que é usado até hoje pela Marinha da Inglaterra.

O motivo de Rust in Peace ser um clássico absoluto da história do heavy metal provavelmente se deve ao fato de ele "casar" um trabalho instrumental de primeiríssima qualidade com um repertório de letras eclético e provocativo. Conflitos políticos e religiosos, extermínio nuclear, drogas, relacionamentos turbulentos, violência, teorias da conspiração, bastidores do poder político e militar: a lírica de Rust in Peace mais parece um telejornal do final dos anos 80 e começo dos 90. Embora a questão nuclear hoje seja relativamente menos preocupante, o que mais incomoda é que a abordagem de todos esses problemas continua atualíssima no "futurístico" ano de 2010 no qual vivemos.

O lado bom é que o álbum, por seus próprios méritos musicais, continua ainda mais atual do que os temas que aborda. E o melhor de tudo é que a atual tour da banda, em comemoração aos 20 anos do disco, está tocando o Rust in Peace na íntegra nos shows. Sim, amanhã verei o Megadeth ao vivo tocar na minha frente esse álbum inteiro, do começo ao fim! São coisas assim que fazem a vida valer à pena!


sexta-feira, 16 de abril de 2010

Álbum recomendado: TYPE O'NEGATIVE - LIFE IS KILLING ME (2003)

 
Para homenagear o inimitável vocalista Peter Steele (que infelizmente partiu dessa para a melhor no último dia 14 de abril), vou resenhar o álbum do Type O'Negative que me tornou fã da banda: LIFE IS KILLING ME, de 2003. O disco se saiu muito bem, e chegou na 39ª posição no Top 200 da Billboard nos EUA.

O álbum apresenta nada menos do que 15 faixas, mas vou começar pelas minhas prediletas.

"I Don't Wanna Be Me" rendeu um videoclipe e pode ser facilmente considerada como uma das músicas mais legais de toda a carreira da banda. "I Like Goils" e "Angry Inch" são duas porradas rápidas da melhor qualidade, que mostram a versatilidade de Steele e que o Type O'Negative não vivia só de músicas arrastadas. "Life is Killing Me" é extremamente atmosférica e bem impactante, ainda mais se o ouvinte prestar atenção na excelente letra.

"(We Were) Electrocute" é uma semi-balada muito legal, e esteve presente na trilha sonora do filme Freddy Vs Jason, lançado no mesmo ano que esse álbum. "Nettie" começa com Steele cantando no tom mais grave já alcançado por um ser humano, e mais parece uma participação especial do Diabo em pessoa no disco. "How Could She?" tem uma letra muito engraçada, com Steele lamentando ter sido abandonado por suas musas de programas de televisão como Morticia Addams, Judy Jetson, Penelope Pitstop, Marilyn Munster e Wilma Flintstone, dentre outras.

Apesar de estas serem as minhas músicas favoritas em Life Is Killing Me, há uma série de outros bons momentos no álbum, dentre os quais eu destacaria a melancólica "Anesthesia" (com teclados muito legais), a curtíssima instrumental "Drunk in Paris", a cadenciada e pesadona "The Dream is Dead", a viajante "Less Than Zero", a melódica e "suave" (para os padrões da banda) "Todd's Ship God Above All Things" e a excelente "... A Dish Best Served Coldly", com várias partes diferentes ao longo da faixa, incluindo melodias vocais bem legais e violões.

Praticamente todas as músicas são extremamente atmosféricas. No geral, a identidade do álbum se dá através da excelente mistura de guitarras pesadas, sonoridade soturna e melancólica, agressividade e ótimas melodias. 

Um grande momento na discografia da banda e imperdível para quem curte o som do Type O' Negative, Life is Killing Me também é certamente uma excelente porta de entrada para se conhecer o trabalho dessa puta banda do lamuriento gigantão Steele, que mal partiu e já deixa saudades nos fãs do estilo.


Luto na Cripta - PETER STEELE (1962-2010)

Foi confirmada ontem a morte de PETER STEELE, ocorrida na terça-feira, 14/04. A causa da morte até agora foi apontada como sendo parada cardíaca. Steele (supondo que alguém não saiba) era o vocalista e baixista da famosa banda de gothic metal TYPE O'NEGATIVE e uma das vozes mais graves, cavernosas e legais do metal contemporâneo.

Obrigado por tudo e fique com Deus, Steele!       \m/ 

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Álbum recomendado: DIO - HOLY DIVER (1983)

Todo mundo sabe que Ronnie James Dio, apesar de ter a altura de um hobbit médio, é uma das vozes mais poderosas, características e conhecidas do hard rock/heavy metal. A história do cara fala por si só, com passagens por bandas seminais como Black Sabbath e Rainbow.

Tido por muitos como o trabalho solo definitivo de Dio, Holy Diver é um álbum que nenhum fã do estilo em sã consciência pode deixar de conferir.

O excelente trabalho de guitarras no álbum ficou a cargo de Vivian Campbell, guitarrista do Def Leppard, que já passou também pelo Sweet Savage e pelo Whistesnake, dentre outros. Vinny Appice (que tocou com Dio no Black Sabbath e hoje trabalha novamente com ele no Heaven and Hell) é o homem por trás das baquetas. Some a isso um trabalho vocal invejável de Dio e algumas de suas melhores composições, e tá feito um clássico!

"Caught in the Middle" abre o álbum com qualidade, e é seguida das boas "Don't Talk to Strangers" e "Gypsy". A faixa "Holy Diver" é um hard rock grudento e arrastadinho, com sequências fodonas de power chords aqui e ali. Parece coisa saída da trilha de um Rocky IV ou coisa parecida. Impossível não curtir. "Invisible" é um som que me lembra a fase mais antiga do Iron Maiden (até nos timbres de guitarra), principalmente na parte inicial da música.

"Rainbow in the Dark" é uma das músicas mais conhecidas (talvez A mais conhecida) da carreira solo de Dio, e certamente todo mundo já a ouviu pelo menos alguma vez no rádio, com o memorável riffzinho nos teclados e as guitarras grudentas. Tirando o clipe dessa música, que é uma vergonha, não há nada para não curtir nessa clássica sonzeira.

A faixa seguinte é a soturna e climática "Shame on the Night", onde Dio aproveita mais uma vez para mostrar por que é uma das vozes mais adoradas do hard rock/heavy metal.

"Stand Up and Shout" é tão parecida com as músicas mais curtas e rápidas do Iron Maiden que chega a assustar. Compare com músicas do Maiden como "Invaders", "Gangland" e "The Prisioner" e confira as semelhanças.

Por fim, "Straight Throught the Heart" mantém a excelente qualidade das composições do álbum, que simplesmente não deixa a peteca cair em nenhuma faixa.

Esse disco é diversão hard-roqueira de primeira qualidade, do começo ao fim. Aquela sonoridade hard oitentista tipo "Eye of the Tiger" dá o ar da graça o tempo todo, para imensa satisfação dos fãs do som dessa época. Muita gente critica o rock dos anos 80 na comparação com as obras-primas da década anterior (principalmente os álbuns da Real Santíssima Trindade Led Zeppelin-Deep Purple-Black Sabbath), mas a verdade é que nos anos 80 foram produzidas toneladas de material excelente por parte de artistas do quilate de Metallica, Megadeth, Iron Maiden, Judas Priest, Saxon, Ozzy, Guns n' Roses, Dio e tantos outros. E Holy Diver é apenas mais uma prova inequívoca de que existem muitas razões para se ter saudades daqueles tempos!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

ULTIMATE MORTAL KOMBAT (Nintendo DS)


Quem viveu os anos de ouro da trilogia Mortal Kombat, em meados dos anos 90, vai se divertir com esse Ultimate Mortal Kombat, lançado em 2007 para o portátil Nintendo DS. O game é basicamente uma versão do clássico Ultimate Mortal Kombat 3, originalmente lançado em 1995 nos arcades e também para Mega Drive e Super Nes.

Ultimate MK 3 era basicamente uma versão melhorada do Mortal Kombat 3, lançado no mesmo ano. O jogo trazia alguns cenários adicionais e alguns movimentos extras de alguns personagens, e seu lançamento foi tão próximo ao do MK 3 original que acabou se confundindo com o jogo anterior e superando-o posteriormente em popularidade.

Na época, as versões mais jogadas naturalmente eram as adaptações domésticas para Super Nes e Mega Drive. Mas essa nova versão do DS dá um banho em ambas: é uma adaptação perfeita do Ultimate MK3 original do arcade, que era muito superior às conversões para consoles. Os gráficos e detalhes visuais estão sensacionais, bem como a animação dos personagens e framerate. A única crítica vai para a resolução, que aparentemente foi levemente deteriorada na adaptação do game para os padrões da tela do DS. Mas, como a tela do portátil tem dimensões reduzidas, esse detalhe não chega a comprometer a boa qualidade visual.
De brinde, esse Ultimate MK do DS ainda apresenta o mini-game "Puzzle Kombat", que surgiu pela primeira vez no game Mortal Kombat - Deception de 2004.

Outra coisa legal é que toda a ação se desenvolve na tela inferior no DS, abrindo a possibilidade de a tela superior exibir permanentemente a lista completa de golpes especiais do seu personagem, o que vem MUITO a calhar - especialmente na hora em que você quer dar aquele fatality irado no seu inimigo moribundo. Para lutas entre dois jogadores, o game conta com opções por local wireless e conexão wi-fi entre dois DS no mesmo ambiente.

Os fãs de longa data da trilogia Mortal Kombat original vão se divertir com essa excelente conversão, e jogadores que não viveram os dias de glória de MK3 têm, com este game, a oportunidade de conhecer um dos melhores games de luta já feitos.

Melhor do que isso, só mesmo se tivessem adaptado para o DS o maravilhoso Mortal Kombat Trilogy, de 1996, que usava a mecânica e a engine de MK3 mas trazia personagens e cenários de todos os três primeiros games da série!


sexta-feira, 9 de abril de 2010

TENACIOUS D IN THE PICK OF DESTINY


Acabei de ver Tenacious D in the Pick of Destiny, comédia de 2006 estrelada pelo balofo mais cool do mundo, o Jack Black. O filme é divertidíssimo! Fiquei chocado de ler na Wikipedia que um monte de mongolões meteram defeitos no filme, e que ele só tem cinquenta e poucos porcento de aprovação no Rotten Tomatoes.  É incrível como tem gente cuzona no mundo. Para apreciar uma comédia ensandecida é uma dificuldade, mas para 150 milhões de retardados votarem pra eliminar um imbecil de um reality show repetitivo na TV Glóbulo, daí a UNANIMIDADE aparece resplandescente! Vai entender o gosto das pessoas ...

Tenacious D in the Pick of Destiny é uma das melhores comédias da década, pelo menos pra quem curte rock (se você não gosta de rock, saia da Cripta imediatamente clicando aqui ). Aliás, o Jack Black é uma espécie de herói mundial dos roqueiros underground frustrados. Não que eu seja um, que é isso, tá me estranhando? Se eu ver algum, te aviso!
 
Não vou fazer resenha e nem comentar a trama. Tá tarde e eu tenho mais o que fazer. O filme por aqui se chama "Uma Dupla Infernal". Vai na locadora, pega e assiste. Confia no Caveira. Se gostar, comenta aqui no blog. Se não gostar, reclama pro tio da locadora.


PS - pode baixar da internet também. Eu deixo.

ALHEIO À VIDA ALHEIA - o noticiário do Caveira


- Morreu hoje o célebre criador empresário do Sex Pistols, Malcolm McLaren. E mais uma vez teremos que aguentar uma avalanche de notícias idiotas profissionais afirmando que os Pistols foram "os pioneiros do punk". Não, não vou perder meu tempo explicando que os Ramones lançaram seu primeiro álbum um ano e meio antes do Never Mind the Bollocks (primeiro e único álbum dos Pistols). Porra, estamos em 2010. Quem AINDA não sabe que o punk rock nasceu nos EUA que vá cagar no mato se informar!


- O Jornal Nacional hoje estava de dar nojo. Só faltava a Fátima Bernardes enfiar um microfone na boca dos desabrigados, pedindo pra eles chorarem mais uma vezinha diante das câmeras. Rolou até entrevista com uma criança de oito anos que perdeu cinco familiares, para mostrar como a menina é "adultinha" (ou seja, como é calejada de tanto sofrimento por ser pobre e ter uma vida de merda). A matéria era algo do tipo "oi, aqui, você pode repetir pra gente o quão infeliz você está? Repete aqui pra reportagem que você é uma fudida que não tem pra onde ir! Só um pouquinho que eu quero colocar close caption no seu sofrimento!". Se a Globo fizesse essas abutrices num velório de gente de classe média, a Fátima Bernardes sairia dali direto pro hospital de tanto apanhar.


- Apareceram umas merdas boiando manchas pretas no litoral norte do RS, e a princípio todo mundo achou que era óleo. Mas um helicóptero sobrevoou a orla e não detectou sinais de óleo no mar. Em se tratando de Tramandaí, acho mais provável que seja um vazamento de esgoto. Pensando bem: como é que conseguiram ver alguma mancha preta naquele chocolatão mar cristalino? Acho que foi na areia. Será que é um poço de petróleo se revelando espontaneamente? Não, eu fico com a hipótese do cano de esgoto estourado mesmo.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

NANO NINJA

 
http://www.newgrounds.com/portal/view/531766

Taí um joguinho imperdível para quem tiver cinco minutos livres em casa ou no escritório. Nano Ninja é um jogo com gráficos de videogame de 8-bits, muito divertido e jogado do início ao fim apenas com o botão do mouse (ou com a barra de espaços, ou ainda com a tecla "X").

Só conferindo para crer na diversidade de movimentos e animação do protagonista, usando um único botão!

Até agora, meu recorde é terminar o jogo em 6 minutos e 51 segundos, com 266 clicks. Faça melhor se puder!

sábado, 3 de abril de 2010

Massacration - The Mummy

Essa música nova do Massacration ficou demais, e o clipe é de rolar de rir. Parece uma gozação direta com Seasons in the Abyss do Slayer, mas talvez seja coincidência.

Melhor momento do vídeo: a múmia dizendo "eu tenho condoms". HAHAHAHA!!!!


O Último Jurado


Hoje terminei de ler O Último Jurado, de John Grisham. É o sétimo livro do cara que eu leio desde 1999, quando li o primeiro - O Advogado - e virei fã do estilo dele. Grisham é uma leitura fácil, quando a pessoa se dá conta já leu trinta ou quarenta páginas e mal piscou. Eu gosto da maneira como ele trabalha as relações entre as pessoas. Não acho que ele seja um criador de personagens tão genial quanto Stephen King, por exemplo. King dá tamanha profundidade humana para seus personagens que, geralmente ali pelo final do primeiro terço do livro, o leitor já sente como se o protagonista da história fosse um velho amigo seu. Grisham não aprofunda tanto os personagens, mas desenvolve de maneira interessante os conflitos e amizades entre as pessoas, e consegue orquestrar dezenas de personagens na história sem confundir o leitor.

O Último Jurado foi lançado em 2004 e conta a história de um jovem de apenas 23 anos chamado Willie Traynor, que no começo dos anos 70 se muda para a fictícia cidade interiorana de Clanton, no Mississipi e - com dinheiro emprestado de sua avó - compra o falido jornal local, The Ford County Times. Traynor consegue reerguer o jornal aos poucos, e é ajudado nessa tarefa por conta de imensa repercussão causada pelo brutal estupro e assassinato de uma jovem moradora da cidade. O assassino, Danny Padgitt - membro de uma rica família meio mafiosa - é levado a júri e condenado. Nove anos depois, o sujeito é colocado em liberdade condicional. E aí os jurados começam a morrer.

O Último Jurado não traz grandes reviravoltas ou surpresas, não apresenta maiores mistérios e não tem muito clímax. É uma história "simples" e verossímil, centrada nas relações do protagonista com a nova comunidade na qual se integra, nas suas amizades e conflitos e na sua incorporação ao papel social que ele desempenha na pequena Clanton. Não é de tirar o fôlego como O Júri (talvez o melhor livro de Grisham), mas é mais uma demonstração de competência do autor - não é à toa que ele já vendeu 250 milhões de livros ao redor do mundo.

Recomendo.