domingo, 5 de setembro de 2010

Review: SLAYER - WORLD PAINTED BLOOD (2009)



Sou um grande fã de thrash metal, e as minhas bandas favoritas do estilo são Metallica, Megadeth, Exodus e Testament, mas curto uma porrada de outras (como Annihilator, Anthrax, Nuclear Assault, Destruction e Kreator). Apesar disso, devo admitir que nunca fui muito fã do Slayer, que é justamente um dos maiores nomes do estilo. Pro meu gosto, a banda sempre flertou muito com o hardcore em detrimento da sonoridade característica do thrash, o que manteve o grupo fora da minha lista de prediletos (embora, evidentemente, eu goste de vários sons dos caras).

Quem compartilha da minha opinião vai encontrar uma grata surpresa em World Painted Blood, o mais novo álbum do Slayer, lançado em 2009. O hardcore característico de vários álbuns da banda ficou mais de lado aqui, e o que se ouve é um disco de thrash da melhor qualidade, com músicas rápidas e furiosas, cheias daqueles riffs rápidos e maníacos que tão bem definem o estilo.

Nunca achei Tom Araya um vocalista muito versátil, e mais uma vez ele não surpreende nesse álbum. Mas o estilo vocal de Araya é uma das marcas registradas do Slayer, então os fãs não ficarão decepcionados (até porque, beirando os cinquenta anos, o cara ainda detona sem ficar devendo nada às suas performances de vinte anos atrás). Já Dave Lombardo, nem seria necessário dizer, é um demolidor de baquetas, e a bateria alucinada é um dos pontos fortes do álbum. É uma faixa rápida atrás da outra, sem descanso para o ouvinte. Além de acelaradas, as músicas são curtas, sendo que a mais longa tem menos de seis minutos e várias não chegam a ter três minutos. Um massacre sonoro!


O trabalho de guitarras em World Painted Blood também está excelente, principalmente nos riffs e bases. Mesmo os solos (aspecto no qual sempre achei que o Slayer deixava a desejar em relação a outros grupos do estilo) estão furiosos e eficientes, como não pode deixar de ser num álbum de thrash metal.

"Beauty Through Order", quarta faixa do disco, chama a atenção por ser a primeira faixa levemente arrastada depois da sequência de músicas rápidas que abre o álbum. Mas não se engane, porque o começo arrastado logo dá lugar para várias partes rápidas. Puro thrash da melhor qualidade! 


Outras faixas, como "Public Display of Dismemberment", são tão rápidas que o ouvido humano mal consegue acompanhar o andamentos das guitarras. Lá pela metade do disco, você já estará num estado alterado de percepção, louco para sair pelas ruas batendo cabeça e socando até a morte quem quer que cruze o seu caminho. "Playing With Dolls" é uma das faixas mais diferentes do álbum, e no começo lembra um pouco um som do Alice Cooper.

Tirando o clássico Reign in Blood, nenhum outro álbum do Slayer até hoje havia me agradado tanto.  World Painted Blood é um daqueles discos que se ouve do começo ao fim sem se dar conta. Difícil escolher faixas "preferidas", pois o troço é ótimo do começo ao fim. Pra quem é fã da banda (ou não é, mas gosta de thrash), eu recomendo esse novo disco sem pensar duas vezes. Na minha humilde opinião, é o melhor material dos caras desde 1990!


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