sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Análise do Caveira: THE EXPENDABLES (2010)


Na semana passada, fui no cinema ver "Os Mercenários" (THE EXPENDABLES), o novo filme do Stallone. Eu sei que os "críticos intiligêntis" andam dizendo um monte de bobagens sobre o filme, mas não caiam nessa. Se você gosta de filmes como Comando Para Matar, Predador, Rambo II e Duro de Matar, então esse filme é simplesmente OBRIGATÓRIO.

Aliás, mais do que um "filme" propriamente dito, The Expendables é, mais do que tudo, uma carta de amor aos filmes de ação dos anos 80. Deixa eu traduzir: heróis que fuzilavam exércitos inteiros e saíam sem um arranhão, testosterona em altos níveis, helicópteros em chamas sendo derrubados, sujeitos com braços gigantescos carregando armas capazes de destruir um tanque do exército, contagem de corpos que colocava até os filmes da série Sexta-Feira 13 no chinelo ... ahhhh, bons tempos!


O elenco é uma perfeição: Stallone é um dos ícones absolutos do cinema de ação oitentista. Jet Li e Jason Statham aparecem como representantes contemporâneos do gênero. Mickey Rourke, que nunca foi famoso por esse tipo de filme, está virado numa montanha de músculos desde a sua já célebre atuação em The Wrestler (2008). Isso, somado ao fato de que ele é o único ator do filme que possui talento dramático real, o torna mais um dos pontos positivos da produção. O personagem dele não chega a sair no pau com ninguém, mas Rourke protagoniza o único momento do filme que apresenta alguma carga emocional - ou, vá lá, o único instante de interpretação legítima do filme todo.

O resto é tudo festa! Stallone, com mais de 60 anos, aparece em sobrenatural boa forma. Dolph Lundgren, o icônico boxeador soviético Drago de Rocky IV, contracena ao lado de Stallone pela primeira vez em vinte e cinco anos. Para os fãs de filmes de ação, ver o grandalhão e sua enorme cara de perturbado (mais ou menos aquela mesma que exibia como o vilão de Soldado Universal, em 1992) em mais uma produção do gênero é sempre um prazer. 


Aliás, só a cena da igreja (em que Stallone, Bruce Willis e Arnold Schwarzenegger protagonizam uma das conversas mais divertidas da história do cinema) já valeria o filme!

As críticas ao filme que tenho lido não fazem o menor sentido. Reclamam, por exemplo, que o filme tem um roteiro fraco, furado e quase inexistente. Ahhhhhhh, bem diferente, portanto, de clássicos como Rambo II e Comando para Matar, que tinham tramas profundas e complexas, certo? Caramba, quando é que vão entender que um filme não pode ser julgado pelas preferências estéticas do crítico (e nem pelas convenções do que se costuma chamar de "cinema arte"), mas sim por seus objetivos enquanto trabalho artístico? Será que Stallone tinha o objetivo de contar uma grande história, ou apresentar interpretações de grande valor dramático? Ou será que o objetivo era fazer uma grande homenagem ao cinema de ação, intencionalmente reproduzindo - ou até dando ênfase - para os tradicionais clichês e "defeitos" do gênero?


Se você nunca foi muito chegado em filmes de ação - ou se nasceu depois dos anos 80 e nunca teve saco para ver aqueles filmes "velhos" - então não será The Expendables que irá mudar seu paladar. Mas se você é do tempo em que a cultura pop não era dominada por vampirinhos adolescentes sentimentais, mas sim por brutamontes com uma metralhadora em cada braço, então The Expendables é um filme pra ver no cinema, se divertir horrores e depois comprar em DVD pra rever inúmeras vezes em casa.


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