terça-feira, 14 de outubro de 2008

BOTANDO AS NOVIDADES EM DIA

Credo, fiquei mais de um mês sem postar no blog! Simplesmente não vi setembro passar, mas que coisa de louco! Bom, naturalmente teria um monte de coisas pra comentar sobre esse buraco negro de seis semanas nos textos do site, mas vou indo conforme vou me lembrando das últimas...

Bom, primeiro o álbum novo do METALLICA, que aliás era o assunto do último post. Bom, em uma palavra: FODA. Muito foda. O álbum é bom demais, e merece a babação de ovo que está recebendo da mídia internacional. É um exagero dizer que "a banda voltou ao thrash metal", como alguns grandes veículos de mídia noticiaram. Até há alguns momentos de thrash metal no álbum, mas é só numa faixa e outra. No geral, é um baita disco de heavy metal, bem trabalhado, com músicas longas e intrincadas, cheias de variações de tempo, ritmo e feeling. É agressivo e pesado sem ser forçadamente "malvadinho", como era o caso do lamentável St. Anger (2003), de longe o pior disco da carreira do Metallica. Em Death Magnetic, o que se ouve são faixas complexas, do tipo que se precisa ouvir quatro ou cinco vezes pra começar a "guardar" na cabeça. Eu arriscaria dizer que esse trabalho até tem um pé no Prog Metal, mas é bom nem comentar porque certamente alguns chatos puristas de rótulos me xingariam por dizer isso.
Andei ouvindo outras coisas também, como o novo álbum do REVOLUTION RENAISSANCE, nova banda do Timo Tolkki, a mente por trás do célebre Stratovarius. Ao que parece, após um monte de idas e vindas, o Stratovarius realmente foi pro saco mesmo. E o Timo se apressou em logo apresentar o "debut" de sua nova banda, intitulado New Era.

Eu fui ouvir esse troço mais por curiosidade mesmo, porque achei que seria uma mesmice tediosa e burocrática. Fiquei surpreso em constatar, ao contrário, que esse álbum é muito melhor do que o material dos últimos anos do Stratovarius. O disco é muito bom mesmo, no nível dos trabalhos do Stratovarius do final dos anos 90, e bem mais legal do que o material que a banda lançou na última meia dúzia de anos. Tá certo que é preciso fazer a ressalva de que o disco é CHEIO de participações especiais de gente fodona como o Michael Kiske (vocalista da fase clássica oitentista do Helloween) e outros, o que obviamente adiciona uma qualidade extra ao trabalho. Vamos ver se o projeto Revolution Renaissance engrena, mas o fato é que começou muito bem!

Outro bom lançamento foi o novo álbum do GLEEN HUGHES, o popular "voice of rock". O cara tá véio mais continua matando a pau, sendo a um só tempo um compositor de mão cheia e um vocalista invejável (além de detonar no baixo). O novo álbum se chama First Underground Nuclear Kitchen e, só pelas iniciais do título, já dá pra ter uma idéia de que o funk come solto. Mas por favor, né, eu estou falando de FUNK de verdade, que é um estilo musical bem conhecido e musicalmente válido, e não da aberração homônima que faz sucesso nas periferias do Rio de Janeiro. Por favor, pessoal, não confundam funda com bunda!

Buenas, o negócio é que o álbum é um show de soul e funk e, pra deixar a coisa com mais groove ainda, o grande Gleen chamou pra tocar bateria ninguém menos que o batera do Red Hot Chilli Peppers. Bom, né, não vou nem perder tempo ressaltando como o álbum tá ótimo porque, diante das circunstâncias, isso SE PRESUME automaticamente.

Outra novidade foi o "debut" da LAUREN HARRIS, "Calm Before the Storm". A Lauren, pra quem não sabe, é filha do Steve Harris, baixista, membro fundador, principal compositor e "chefão" do IRON MAIDEN (todo mundo de joelhos, agora). Aliás, a moça chamou o daddy Stevão pra tocar baixo em algumas faixas, e naturalmente o baixo nessas músicas está humilhantemente melhor do que nas outras, quando é tocado pelo cara da banda da Lauren (que eu não lembro o nome e, aliás, nem deveria lembrar mesmo, porque se trata de um ilustre desconhecido). Bom, mas o que interessa é que o álbum não tem NADA A VER com Iron Maiden, nem com heavy metal. Basicamente, é um hard rock com uma pitada POP beeeeem acentuada, com um quê de "por favor, toque isso no rádio". O disco tem várias faixas bem legais, material grudentinho mesmo, do tipo que se sai cantando o refrão já logo depois de ouvir metade da música pela primeira vez.

Apesar da boa produção e dos bons momentos, o álbum peca por não ter nenhuma faixa REALMENTE forte, que pudesse sustentar o disco nas paradas de algum país. É bom, mas com poucos momentos acima da média. E mostra Lauren como uma vocalista simplesmente "OK", sem absolutamente nada de especial. A Hayley Williams do PARAMORE, por exemplo, dá de dez a zero nela. Aliás, a comparação é boa: a banda da Lauren Harris é basicamente um Paramore um pouco menos adolescente mas bem menos eficiente. Que ninguém me entenda mal, não tô descendo o cacete na Lauren, porque eu acho o Paramore bom pra caramba. Mas é mais ou menos isso aí mesmo. Resta esperar um segundo álbum mais forte.

Andei ouvindo um pouco de GENESIS também, principalmente o We Can't Dance, de 1991. Muito bacana mesmo.

E que ninguém venha me encher o saco falando de Peter Gabriel! Eu sei que tem gente que acha que não existe Genesis sem Peter Gabriel, que o resto feito depois que ele saiu da banda é só merda pop, bla-bla-blá. Não quero nem saber, já ouvi Genesis com o Gabriel e o que eu gosto MESMO é de Genesis com Phil Collins no vocal.

Phil Collins mata a pau, o cara é A VOZ dos anos 80. Como baterista, ele é um dos melhores vocalistas do rock, na minha singela opinião. Ah, as ameaças de morte vindas de fãs do Peter Gabriel podem ser remetidas aqui pro blog via fax ou por sinais de fumaça ...

Putz, falei de música pra caramba. Bom, esse primeiro post back from the dead vai ficando por aqui. O próximo já vem na sequência ...